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DR. PEDRO HENRIQUE CARON

Transformando vidas!

Como a obesidade afeta a saúde da mulher?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é considerada uma epidemia global. Mais de 1 bilhão de adultos estão acima do peso, sendo que a metade deles se encontra obesa. Em relação ao gênero, o número de mulheres obesas é maior do que o de homens.

No sexo feminino, além das comorbidades comuns, existem aquelas relacionadas exclusivamente às mulheres em idade reprodutiva, como infertilidade, complicações na gestação e riscos para alguns tipos de câncer ginecológicos. 

Quer saber um pouco mais sobre a relação entre o excesso de gordura corporal e estes problemas? Então confira o conteúdo!

Por que a obesidade feminina pode causar infertilidade ou problemas gestacionais?

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), mulheres obesas têm três vezes mais riscos de sofrer infertilidade por falta de ovulação quando comparadas àquelas com IMC normal. Além disso, no caso das reproduções assistidas, há menores taxas de sucesso.

Existem algumas explicações sobre os mecanismos relacionados ao excesso de gordura corporal que podem vir a interferir na concepção e na gestação. São eles:

– excesso de ácidos graxos livres, que podem ocasionar um efeito tóxico, gerando danos celulares e um estado inflamatório constante no organismo. Neste caso, os óvulos estão entre as células afetadas;

– desregulação na produção dos hormônios femininos estrogênio e progesterona;

– interferência na capacidade de implantação do embrião no endométrio se houver fecundação, minimizando as chances de um desenvolvimento embrionário saudável;

– maior tendência à ocorrência da síndrome dos ovários policísticos (SOP), capaz de dificultar a ocorrência de uma gestação;

– alterações na vascularização endometrial, levando a anormalidades placentárias que elevam as chances de parto prematuro, aborto e pré-eclâmpsia.

É possível perceber que a obesidade interfere não somente na falta de ovulação, mas em outros mecanismos que podem impedir a gravidez ou trazer riscos à gestante ou ao bebê. Por isso, é recomendado procurar ajuda profissional para emagrecer de forma saudável e segura antes de engravidar.

Qual a relação entre a obesidade e o câncer ginecológico?

As mulheres obesas também tem um maior risco comprovado para tumores malignos ginecológicos, como os de mama, endométrio e ovário. Isso ocorre por alguns fatores, como:

– Inflamação contínua do organismo, que exige uma formação contínua de vascularização, processo essencial para a formação de tumores;

– Alterações na produção dos hormônios femininos, principalmente o estrógeno, gerando um risco maior de desenvolvimento de alguns subtipos de câncer ginecológico;

– Maior resistência à insulina, fazendo com que se estimule o aumento da proliferação celular, processo capaz de dar origem a tumores.

Além das mulheres obesas terem estes riscos específicos, elas também estão sujeitas a doenças que afetam ambos os sexos, como o diabetes tipo 2, hipertensão, problemas articulares, aumento de risco para outros tipos de câncer, cardiopatias como angina e infarto, apneia do sono e insuficiência respiratória.

Por isso, muito mais do que a questão estética, a obesidade precisa ser tratada para que a mulher tenha saúde e qualidade de vida. Dieta saudável, exercícios físicos, uso de medicamentos e cirurgia bariátrica para casos específicos são os principais pilares.

Cuide da sua saúde, mantendo um peso adequado. Depois de ler até aqui, que tal informar outras mulheres sobre o assunto? Compartilhe em suas redes sociais!

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