A obesidade é uma doença que afeta cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, sendo 650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 milhões de crianças. Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) a considera uma epidemia.
Ela ocorre quando há um acúmulo excessivo de gordura no corpo, o que pode levar a uma série de complicações de saúde. No entanto, você sabia que existem diferentes tipos de obesidade? Confira o artigo a seguir, que traz mais informações sobre cada um deles.
Obesidade visceral
Esse tipo, considerado o mais perigoso, é caracterizado pelo acúmulo de gordura na região abdominal, em torno dos órgãos internos. Pessoas com obesidade visceral têm maior risco de desenvolver doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial.
Além disso, ela está associada a um aumento do risco de diversos tipos de câncer, incluindo mama, colorretal e fígado, entre outros.
Obesidade periférica
Nesse caso, a gordura se acumula principalmente na região das coxas, nádegas e quadris. Embora a obesidade periférica, mais comum em mulheres, possa não ser tão nociva quanto a obesidade visceral, ela pode causar problemas circulatórios, como varizes, osteoartrite nos joelhos e insuficiência venosa, em decorrência da sobrecarga depositada nas articulações.
Obesidade mista
Como o nome sugere, a obesidade mista é uma combinação dos dois tipos mencionados acima. Nesse caso, a gordura é armazenada tanto na região abdominal quanto nas coxas, nádegas e quadris. Consequentemente, a pessoa está sujeita às comorbidades citadas nos dois tipos.
Como saber se estou obeso?
A melhor forma de saber se você está com sobrepeso ou obeso é por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como parâmetro oficial.
Para fazer o cálculo, basta dividir o seu peso pela sua altura elevada ao quadrado. A classificação dos resultados é a seguinte:
– menor que 18,4: abaixo do peso;
– de 18,5 a 24,9: normal;
– de 25 a 29,9: sobrepeso;
– de 30 a 34,9: obesidade I;
– de 35 a 39,9:obesidade II (severa);
– superior a 40: obesidade III (mórbida).
Para ficar mais claro, vamos supor que você tenha 1,60m de altura e 100kg. O cálculo seria:
IMC= 100 ÷ (1,60 x 1,60)
Nesse caso, o resultado seria 39,06, o que caracteriza obesidade II (severa).
É importante ressaltar que, além dos quilos na balança, a análise da composição corporal pode e deve ser mais aprofundada, por meio de exames como o de bioimpedância.
Deste modo, podemos avaliar a porcentagem de gordura, massa magra e massa óssea no organismo, tendo um melhor panorama do quadro geral.
Precisamos de informações como essas para entender qual o tipo de obesidade do paciente, além outras questões, incluindo histórico médico e tentativas prévias de emagrecer por métodos convencionais. A partir delas, podemos determinar, por exemplo, se a cirurgia bariátrica é um recurso indicado ao paciente.
Portanto, se você estiver acima do peso, procure ajuda especializada. Fico à disposição para lhe atender. Marque sua consulta de avaliação!