A obesidade traz prejuízos não apenas ao corpo, mas também à saúde emocional. Pessoas que sofrem com a doença frequentemente acabam se culpando pelo fato de não conseguirem perder peso, mesmo quando passam a realizar ações como dieta e atividades físicas.
Porém, é importante saber que, muitas vezes, não se trata de falta de vontade e ou de esforços insuficientes, mas sim de uma questão fisiológica e multifatorial, que pode exigir recursos além do convencional.
Continue a leitura e entenda por que, se for o caso, você não deve se culpar, mas buscar suporte especializado para um tratamento que deve durar a vida toda.
A obesidade demorou a ser classificada como doença
Por muitos anos, a obesidade não foi tida como uma doença, o que contribuiu com a geração dos mais diversos estigmas e preconceitos.
Para se ter ideia, apenas em 2013 a American Medical Association, uma das organizações médicas mais influentes do mundo, a classificou desta forma.
Ao longo dos anos, outras entidades internacionais, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), reconheceram a condição como um problema crônico, que necessita de tratamento específico e de longo prazo.
Como a obesidade é definida?
Na classificação atual da OMS, a obesidade é denominada como uma doença crônica, progressiva e passível de recidivas, além de ser considerada uma epidemia global. Mais de um bilhão de adultos, em todo o mundo, estão acima do peso, sendo 500 milhões considerados obesos.
De modo geral, ela pode ser compreendida como o excesso de gordura corporal em quantidade que traga prejuízos à saúde.
Segundo as diretrizes da entidade, o diagnóstico é feito pelo Índice de massa corporal (IMC), calculado utilizando a altura e o peso (IMC = peso (kg) / altura (m)²). Nesse caso, uma pessoa tem obesidade quando o IMC é maior ou igual a 30 kg/m².
Quais as causas da doença?
A obesidade é multifatorial e envolve fatores genéticos, metabólicos, sociais, psicológicos e ambientais.
Ou seja, ter histórico familiar contribui para o excesso de gordura corporal em grande parte dos casos, junto aos hábitos pouco saudáveis aprendidos durante a vida, como dieta inadequada e sedentarismo, até problemas emocionais como estresse, ansiedade e depressão.
Portanto, é uma condição complexa, que exige muito mais do que apenas mudar a alimentação e praticar exercícios físicos, ações normalmente suficientes para a perda de peso extra em quem não sofre com a patologia.
Quais os maiores prejuízos da obesidade?
Há diversas comorbidades possíveis de serem causadas pelo excesso de gordura corporal. Vale citar que pode não haver sintomas antes de chegar aos graus 2 e 3 de obesidade, assim como ocorre com doenças como hipertensão e diabetes, por exemplo. Isso leva muitas pessoas a não darem a devida importância ao excesso de peso de início.
Porém, mesmo nos estágios iniciais, a doença pode começar a impactar a saúde silenciosamente.
Entre os riscos estão o desenvolvimento de problemas como diabetes, hipertensão, colesterol alto, apneia do sono, doenças cardiovasculares, lesões osteoarticulares e até mesmo aumento do risco para diversos tipos de câncer.
Além do físico, não podemos deixar de citar os prejuízos emocionais, envolvendo baixa autoestima, falta de motivação para a vida social, ansiedade, depressão, entre outros.
Não é preciso se culpar, mas é fundamental procurar tratamento!
Como você viu, a obesidade é uma doença crônica, grave e complexa, que exige diferentes abordagens. Por isso, tentar perder peso sozinho ou contando apenas com alguns pilares não é a melhor escolha.
Quem sobre com o excesso de gordura corporal precisa buscar suporte especializado e multiprofissional, envolvendo profissionais de nutrição, educação física, psicologia e, em muitos casos, um cirurgião bariátrico. Isso porque muitos obesos não conseguem emagrecer apenas com condutas convencionais.
Se você vem tentando perder peso sem sucesso, procure um cirurgião para avaliação. Caso precise, estou à disposição. Agende a sua consulta para verificar se você é mesmo candidato e esclarecer suas dúvidas!