A obesidade, o diabetes e o câncer, infelizmente, possuem uma estreita relação. De acordo com dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), 40% dos novos diagnósticos de tumores estão relacionados com o excesso de gordura corporal. Nesse cenário, diversas pesquisas vêm apontando a ocorrência do câncer colorretal, em específico, ligado ao sobrepeso.
Inclusive, houve um aumento no número de casos dessa neoplasia entre os mais jovens (com menos de 50 anos de idade), o que tem uma ligação importante com os hábitos de vida, incluindo alimentação desregrada e sedentarismo. Ou seja, fatores de risco tanto para a obesidade quanto para o câncer.
Pensando em esclarecer o assunto, de forma a conscientizar homens e mulheres, desenvolvi este conteúdo. Confira e fique por dentro.
Mas afinal, por que a obesidade influencia na ocorrência do câncer colorretal?
Apesar de ainda não se ter se chegado a uma conclusão exata sobre a influência do excesso de peso no aumento do risco de câncer colorretal, existem várias pesquisas, como a Uncoupling Hepatic Oxidative Phosphorylation Reduces Tumor Growth in Two Murine Models of Colon Cancer, que trazem informações importantes.
Foram estudados camundongos com tumores implantados ou modelos genéticos de câncer colorretal, junto a uma dieta rica em gordura. Durante um período, os cientistas puderam observar que os altos níveis de insulina resultantes da obesidade aceleraram o avanço da doença.
Em contrapartida, apesar de o excesso de gordura corporal induzido por má alimentação ter promovido o aumento no tamanho dos tumores nos dois modelos, o contrário também acontece, conforme concluiu o estudo. Ou seja, quando há diminuição da insulina circulante, há também redução no crescimento do tumor.
Excesso de gordura corporal também está relacionada ao aumento nos riscos de recidiva do câncer
Outro dado alarmante é de um estudo publicado pela revista médica, JCO Oncology Practice, que correlacionou o aumento do risco de um segundo câncer colorretal em pacientes com sobrepeso ou obesidade, previamente diagnosticados e tratados.
Foram considerados dados de 11.598 pessoas, observando não apenas os tumores de cólon e reto, mas também outros relacionados ao excesso de peso, como câncer de mama, rim, pâncreas, esôfago e endométrio.
A conclusão mostrou que no grupo com sobrepeso, o risco de uma segunda neoplasia foi 39% maior, alcançando 47% de risco entre os que apresentavam obesidade no momento do diagnóstico.
Como a cirurgia bariátrica e metabólica pode ajudar pessoas obesas e diabéticas nesse contexto
Diante de dados como esses, é fundamental buscar recursos para a redução do excesso de gordura corporal.
Para pessoas obesas, diabéticas ou não, que tentaram emagrecer por meios convencionais (dieta, exercícios físicos e prescrição de medicamentos, por exemplo), uma alternativa eficiente é a cirurgia bariátrica e metabólica.
Ambos os procedimentos, que se utilizam basicamente das mesmas técnicas, promovem a redução do peso em função das alterações realizadas no sistema digestivo.
Lembrando que, para se ter bons resultados, é fundamental o paciente fazer a sua parte, no sentido de realizar as recomendações da equipe multidisciplinar em relação à mudança de hábitos necessária.
Vale a pena emagrecer para se ter mais saúde e qualidade de vida. Um peso saudável ajuda a prevenir não apenas o câncer, mas diversas outras doenças graves.
Depois de ler até aqui, acha que pode ser um possível candidato aos procedimentos, e tem interesse em saber mais como eles funcionam? Agende uma consulta de avaliação!